Investigação e dilema moral são temáticas do melhor suspense do ano

A começar pelo elenco: Hugh Jackman (em sua melhor atuação do cinema até agora), Jake Gyllenhaal (realizando um de seus melhores trabalhos, tão bom quanto em Zodíaco) e Paul Dano que, cá entre nós dispensa elogios, ele é o melhor ator que mal fala. Sem contar com outras grandes performances de Viola Davis, Maria Bello, Terrence Howard e Melissa Leo.
O diretor canadense Denis Villeneuve, em seu primeiro trabalho nos Estados Unidos, impressiona por manter sua qualidade autoral e ao mesmo tempo entregar um produto digno dos grandes suspenses modernos de Hollywood.
Na trama, escrita por Aaron Guzikowski , depois de ter sua filha de seis anos de idade e uma amiga dela sequestradas, Keller Dove (Hugh Jackman), um carpinteiro de Boston, enfrenta o departamento de polícia e o jovem detetive (Jake Gyllenhaal) encarregado do caso, para fazer justiça com as próprias mãos. No papel do principal suspeito está Paul Dano que, como já mencionado, é um dos melhores atores de sua geração.
Em Os Suspeitos (The Prisioners), um dos elementos principais é apresentar o drama e aflição dos pais que veem o relógio correr enquanto suas filhas estão desaparecidas.

As histórias do pai e do detetive, ambos em sua espiral de obsessão, vão se alternando a medida que pistas concretas são apresentadas a todo instante, o que mantém você preso na poltrona e presenciando não apenas o mistério do sumiço das meninas, mas também com os dilemas morais de seus pais.
O que me fez gostar tanto de Os Suspeitos? Bem, são duas horas e meia que funcionam perfeitamente, a reviravolta é louca e você não vai adivinhar até que tudo termine. Além de tudo, é um filme que faz você questionar sua moral... te faz pensar e refletir em várias coisas de que seríamos ou não capazes de fazer. Seus limites. Sua devoção. Seu controle.